Biblioteca de Anais de Congresso PESQUISA Título ou assunto Autores No evento Todos os eventos 27° Congresso Brasileiro de Perinatologia (Rio de Janeiro, 2025) 16º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Cobrapem) (Recife, 2025) 17° Congresso Brasileiro de Adolescência (Porto Alegre, 2025) 5° Simpósio Internacional de Dermatologia Pediátrica (Belo Horizonte, 2025) 18° Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (Belo Horizonte, 2025) 2º Congresso de Pediatria da Região Norte (Palmas, 2025) 23° Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (São Paulo, 2025) 18º Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica (Porto Alegre, 2025) 17° Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia Pediátrica (São Paulo, 2025) CAPCO 2025 – Congresso de Atualização em Pediatria do Centro-Oeste (Brasília, 2025) 41° Congresso Brasileiro de Pediatria (Florianópolis, 2024) 19º Congresso Brasileiro de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas | 5º Congresso Brasileiro de Nutrologia Pediátrica | 2ª Simpósio de Suporte Nutricional Pediátrico (São Luís, 2024) 4º Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas (Brasília, 2024) 2º Congresso de Pediatria da Região Nordeste (Campina Grande, 2024) 15° Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Belo Horizonte, 2023) 22° Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica | 17º Simpósio Brasileiro de Vacinas (Curitiba, 2023) 26º Congresso Brasileiro de Perinatologia (Florianópolis, 2023) 16° Congresso Brasileiro de Adolescência (Rio de Janeiro, 2023) 4º Simpósio de Dermatologia Pediátrica (Porto Alegre, 2023) 1° Congresso de Pediatria da Região Norte (Manaus, 2023) 16° Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia Pediátrica (Belém, 2023) 3° Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas. (Rio de Janeiro, 2022) 17º Congresso de Pneumologia Pediátrica (Rio de Janeiro, 2022) 19° Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica (Belém, 2022) 40° Congresso Brasileiro de Pediatria (Natal, 2022) 18º Congresso Brasileiro de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas | 4º Congresso de Nutrologia Pediátrica | 1º Simpósio de Suporte Nutricional (Goiânia, 2022) 8º Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal (Salvador, 2022) 25° Congresso Brasileiro de Perinatologia (Salvador, 2021) 14º Congresso Brasileiro de Endocrinologia Pediátrica (On-line, 2021) 16° Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva Pediátrica (On-line, 2021) 3° Simpósio Internacional de Dermatologia Pediátrica (On-line, 2021) 21° Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Brasília, 2020) 16° Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica (Maceió, 2019) 39 Congresso Brasileiro de Pediatria (Porto Alegre, 2019) 13° Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Costa do Sauípe, 2019) 15° Congresso Brasileiro de Adolescência (São Paulo, 2019) 15° Simpósio Brasileiro de Vacinas (Aracajú, 2019) 15º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia Pediátrica (Foz do Iguaçu, 2019) 20º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Salvador, 2018) 24º Congresso Brasileiro de Perinatologia (Natal, 2018) 3º Congresso Brasileiro e 6º Simpósio Internacional de Nutrologia Pediátrica (Belo Horizonte, 2018) 17° Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica (Porto de Galinhas, 2018) 1° Congresso Sul-Americano, 2° Congresso Brasileiro e 3° Congresso Paulista de Urgências e Emergências Pediátricas (São Paulo, 2018) 2° Dermaped - Simpósio Internacional de Dermatologia (Curitiba, 2018) 7° Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal (Foz do Iguaçú, 2018) 38° Congresso Brasileiro de Pediatria (Fortaleza, 2017) 15° Congresso Brasileiro de Ensino e Pesquisa (Fortaleza, 2017) 10° Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediatrica (Fortaleza, 2017) 1° Simpósio de Aleitamento Materno (Fortaleza, 2017) 12º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Rio de Janeiro, 2017) 14° Congresso de Alergia e Imunologia Pediátrica (Cuiabá , 2017) 19° Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Fortaleza, 2016) 14° Congresso Brasileiro de Adolescência (Campo Grande, 2016) 2º Congresso Brasileiro de Nutrologia Pediátrica / 5º Simpósio Internacional de Nutrologia Pediátrica (Belém , 2016) 23º Congresso Brasileiro de Perinatologia (Gramado, 2016) 16° Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica (Vitória, 2016) 14° Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica (Brasília, 2016) 6° Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal (Belo Horizonte, 2016) 37-congresso-brasileiro-de-pediatria (Rio de Janeiro, 2015) 13º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria (Salvador, 2015) 11º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Natal, 2015) 17º Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica (Belo Horizonte, 2015) 14° Congresso Brasileiro de Ensino e Pesquisa (Campinas, 2014) 22° Congresso Brasileiro de Perinatologia (Brasília, 2014) 1° Congresso Brasileiro de Nutrologia Pediátrica (Florianópolis, 2014) 18º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Gramado, 2014) 13º Congresso Brasileiro de Adolescência (Aracajú, 2014) 14° Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica (Porto de Galinhas, 2014) 5° Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal (Gramado, 2014) 15° Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica (Natal, 2014) 36° Congresso Brasileiro de Pediatria (Curitiba, 2013) 9° Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediatrica (Curitiba, 2013) 10° Congresso Brasileiro Pediátrico e Endocrinologia e Metabologia (Brasília, 2013) 21° Congresso Brasileiro de Perinatologia (Curitiba, 2012) 12° Congresso Brasileiro de Adolescência (Florianópolis, 2012) 17° Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica (Rio de Janeiro, 2012) 12° Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica (São Paulo, 2012) 14° Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica (São Paulo, 2012) 3° Simpósio Internacional de Nutrologia Pediátrica (Fortaleza, 2012) 12° Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia em Pediatria (São Paulo, 2012) Buscar Exibir todos os trabalhos deste evento Sua busca retornou 29526 resultado(s). AVALIAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES INTERNADOS COM CETOACIDOSE DIABÉTICA: ESTUDO DE TRÊS ANOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO IZABELLA MENDES BARTOLINI (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), CAMILA GONÇALVES MIRANDA SHIMOYA BELÉM (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), CRISTIANO TÚLIO MACIEL ALBUQUERQUE (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), ENDA MERY RUSSO RODRIGUES (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), FERNANDA RAMOS DE CARVALHO PUMPUTIS (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), GABRIELA FURQUIM WERNECK CAMPOS VALADÃO (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), JÚLIA DE OLIVEIRA CASTRO (HOSPITAL INFANTIL JOÃO PAULO II ), JÚLIA TORRES AMAR... Autores: introducao: a cetoacidose diabetica (cad) e causa importante de internacao em criancas e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 (dm1), com risco de complicacoes e mortalidade. apesar dos avancos no diagnostico e tratamento, sua recorrencia e gravidade permanecem frequentes.objetivos: descrever o perfil epidemiologico de pacientes internados com cad em um hospital pediatrico ao longo de tres anos e analisar a relacao entre sazonalidade e ocorrencia do diagnostico.metodologia: trata-se de estudo observacional, retrospectivo e descritivo com analise censitaria de prontuarios de pacientes internados entre junho de 2021 e junho de 2024. foram incluidos todos os casos de cad confirmados na admissao segundo criterios ispad 2022.resultados: a amostra incluiu 208 pacientes, 58,7% do sexo feminino, com idade media de 10,0 3,7 anos, predominando adolescentes (10–18 anos, 60,6%). a maioria era parda ou negra (88,6%), sendo 40,4% de belo horizonte, 38,0% da regiao metropolitana e 21,6% do interior de minas gerais. o imc medio foi 17,4 4,3 kg/m, com 69,2% eutroficos. a cad foi grave em 54,8%, moderada em 28,4% e leve em 16,8%. internacao em uti ocorreu em 38,5% dos casos, com mediana de permanencia de 2 dias, e o tempo total de internacao foi em media de 6 dias. os fatores de risco mais comuns foram infeccao (30,8%), omissao de insulina (26,4%) e transgressao alimentar (14,4%), 40,9% nao apresentaram fator identificado. entre os pacientes com primodiagnostico (44,7%), observou-se idade media significativamente menor (8,1 vs. 12,2 anos, p<0,001), maior proporcao do sexo masculino (50,5% vs. 33,9%, p=0,016), hco8323, inicial mais baixo (5,3 vs. 7,2 meq/l, p=0,017) e tempo de internacao mais prolongado (8 vs. 5 dias, p<0,001). alteracao do nivel de consciencia foi mais frequente nesse grupo (56,2% vs. 27,9%, p<0,001), evidenciando maior gravidade clinica a admissao. complicacoes eletroliticas tambem foram mais comuns: hipofosfatemia (72,0% vs. 42,6%), hipocalemia (75,3% vs. 30,4%) e hipomagnesemia (47,3% vs. 20,0%), todas com p<0,001. observou-se maior frequencia de casos nos meses frios, possivelmente ligada a infeccoes respiratorias: 117 episodios (56,3%) ocorreram entre marco e agosto. nos primodiagnosticos, a cad concentrou-se no inverno e inicio da primavera, reforcando a influencia sazonal. em pacientes com dm1 previo, a distribuicao foi mais uniforme, mas com picos em abril, junho e novembro, indicando efeito sazonal mais discreto. conclusao: o estudo demonstrou que a cad mantem-se como importante complicacao do diabetes pediatrico, predominante em adolescentes, com alta gravidade e marcada influencia sazonal, sobretudo nos primodiagnosticos. o hospital, referencia estadual em cad, adota protocolo bem definido e demonstrou desfechos clinicos favoraveis quando comparados a literatura, evidenciando a efetividade do manejo institucional e reforcando a necessidade de estrategias preventivas voltadas para periodos criticos do ano e grupos de maior risco. CETOACIDOSE DIABÉTICA COMO FORMA DE APRESENTAÇÃO INICIAL DO DIABETES TIPO 1 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE PERNAMBUCO GIOVANNA CARVALHO PINHO (IMIP), MARIA EDUARDA PRUDENTE KUNZLER ALVES (IMIP), MARIA CLARA GONÇALVES MACIEL (IMIP), ANA CARLA LINS NEVES (IMIP), THIAGO CAVALCANTI DE FRANÇA ARRUDA (IMIP), ANA HERMÍNIA DE AZEVEDO FERREIRA (IMIP), VANESSA LEÃO DE MEDEIROS FABRINO (IMIP), TACIANA DE ANDRADE SCHULER (IMIP), GABRIELA FONSECA PEZZINI (IMIP), CLAUDIA ANDRADE COUTINHO (IMIP) Autores: introducao: diabetes melitus tipo 1 (dm1) e uma das doencas endocrinometabolicas cronicas mais comuns da infancia. a cetoacidose diabetica (cad) e forma frequente de apresentacao inicial e configura emergencia medica, associando-se a maior morbimortalidade e a piores desfechos metabolicos e neurologicos a curto e longo prazo.objetivos: avaliar a prevalencia de cad como apresentacao inicial em pacientes atendidos em hospital terciario. metodologia: estudo observacional, retrospectivo e descritivo, realizado em hospital terciario de pernambuco, com periodo de coleta entre marco e julho de 2025. foram incluidos pacientes com diagnostico de dm1 acompanhados no servico entre os anos de 2004 e 2025. as informacoes sobre a presenca ou ausencia de cad no momento do diagnostico foram obtidas por meio de revisao de prontuarios. as variaveis coletadas foram: idade ao diagnostico, presenca de cad e manifestacoes clinicas iniciais. a analise estatistica foi realizada utilizando o software epi info™, com calculo de frequencias, media e desvio padrao. resultados: foram avaliados 144 pacientes acompanhados por dm1, a idade media ao diagnostico foi de 6,6 anos, com desvio padrao de 3,6 anos, segundo dados disponiveis de 120 pacientes. dados referentes ao diagnostico estavam descritos em 73 pacientes, entre estes, 40 pacientes (54,8%) foram diagnosticados devido cad e 33 (45,21%) na presenca de sintomas classicos. considerando-se o diagnostico apos o inicio da pandemia, em 2020, dos 60 pacientes diagnosticados com dm1, 35 iniciaram o quadro com cad (58,33%) e 25 (4,67%) na vigencia de sintomas classicos. a frequencia de cad ao diagnostico de dm1 varia amplamente na literatura (15-70%), com prevalencias mais elevadas em paises em desenvolvimento. no brasil, estudos regionais mostram incidencias semelhantes ou maiores: 58,8% em serie do parana (2005–2015, n=274), sobretudo em criancas <5 anos, e 64–67% em serie de sao paulo (1998–2008). a cad representa a principal causa de morbimortalidade em criancas com dm1, a presenca de cad no diagnostico se relaciona a um controle metabolico mais dificil, com menor chance ou duracao da fase de lua de mel. alem disso, cad apresenta repercussoes neurocognitivas com impacto na memoria e atencao. conclusao: no presente estudo, a prevalencia de cad no diagnostico de dm1 foi ligeiramente menor que a descrita em outros centros brasileiros. contudo, ainda e o cenario mais comum ao diagnostico, gerando maior estresse familiar, em decorrencia da gravidade clinica imediata, alem da correlacao com pior controle metabolico da dm1 e repercussoes neurologicas. assim, e necessario promover educacao em saude voltados a comunidade e aos profissionais de atencao primaria a fim do reconhecimento precoce dos sintomas de dm1, com objetivo de reduzir a incidencia de cad, minimizando riscos imediatos e repercussoes futuras. O EFEITO DA METFORMINA NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OBESIDADE E DOENÇA HEPÁTICA ESTEATÓTICA ASSOCIADA A DISFUNÇÃO METABÓLICA MAÍNE PIERI RIBEIRO (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO), VITOR KURATOMI LORES MEIS (DEPARTAMENTO DE ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA), ELOISE AKEMI TANAKA (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO), ÂNGELO CHELOTTI DUARTE (DEPARTAMENTO DE ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA), CRISTIANE KOCHI (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO) Autores: introducao: a doenca hepatica esteatotica associada a disfuncao metabolica (dheadm) e a principal hepatopatia cronica pediatrica com forte associacao a obesidade e a resistencia insulinica (ri). apesar da intervencao no estilo de vida ser o tratamento de escolha, a baixa adesao justifica a busca por terapias complementares como a metformina (mf).objetivos: avaliar os efeitos da mf em adolescentes com dheadm e obesidade, analisando parametros clinicos, metabolicos e hepaticos.metodologia: estudo longitudinal com 35 pacientes entre 10 e 18 anos, com dheadm diagnosticada por ultrassonografia (usg) e tratados com mf 1g/dia por 6 meses. foram avaliados dados clinicos, laboratoriais e de imagem antes e apos o tratamento. a analise estatistica foi realizada por software sigma stat, utilizando teste t pareado para avaliar os dados coletados do mesmo pacientes em dois momentos diferentes, com nivel de significancia p<0,05.resultados: a amostra final foi composta por 35 pacientes (57,1% meninos), com media (dp) de idade de 12,0 (1,9) anos, zimc medio de +3,2 (0,6) e 82,8% em puberdade. a maioria apresentava acantose nigricans (82,9%) e a media da relacao cintura/estatura de 0,65 (0,1). cerca de 77,1% tinham esteatose grau 1 (leve) a usg, e as medias basais de ast e alt estavam proximas do limite superior da normalidade (ast: 31 u/l, alt: 37 u/l). as medias (dp) dos indices de ri foram: homa-ir: 4,0 (2,5), tyg: 4,5 (0,2) e triglicerides/hdl: 2,4 (1,1). apos 6 meses de tratamento, observou-se reducao do zimc (+3,2 para +3,1 dp, p = 0,05), reducao nas transaminases (ast: p=0,023, alt: p=0,007), ao usg, 15/35 pacientes (42,8%) apresentaram resolucao da esteatose hepatica, e 4/35 (11,4%) passaram do g2 para g1. nao foram observadas alteracoes relevantes nos indices de ri (homa-ir, tyg, triglicerides/hdl). a comparacao entre os grupos com e sem melhora mostrou que os que responderam ao tratamento apresentavam niveis basais de ast/alt mais baixos: mediana (p25-75) do grupo com melhora x sem melhora: alt 24 (17,5 a 32) x 34,5 (19,5 a 64), ast 23 (19 a 25) x 28 (21,2 a 41,5) respectivamente, p = 0,136, sugerindo maior beneficio em fases iniciais da dheadm. a mf foi bem tolerada, sem eventos adversos graves.conclusao: a mf demonstrou impacto positivo na melhora das enzimas hepaticas e na reducao do grau de esteatose hepatica, sugerindo efeito benefico sobre a inflamacao hepatica em criancas e adolescentes com dheadm. embora nao tenha promovido mudancas significativas nos indices de ri ou em parametros antropometricos, seu efeito hepatico foi mais evidente em pacientes com doenca em estagio inicial, com valores basais de transaminases mais proximos do limite inferior da normalidade. esses achados reforcam a importancia do diagnostico precoce da dheadm e indicam que a mf pode ser uma opcao terapeutica viavel, especialmente nas fases iniciais da doenca. estudos com maior tempo de seguimento e amostras ampliadas sao necessarios para aprofundar esses resultados e esclarecer seu papel no manejo clinico da dheadm pediatrica. ASSOCIAÇÃO ENTRE O EXCESSO DE PESO E ÍNDICES ATEROGÊNICOS EM ADOLESCENTES ANA JÚLIA FUMES (FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARRETOS DR. PAULO PRATA), GABRIELLE FRACALOSSI DE OLIVEIRA (FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARRETOS DR. PAULO PRATA), JÚLIA PENTAGNA PEREIRA DA SILVA (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BARRETOS), ISADORA MARTINS FERREIRA BARRILARI (FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARRETOS DR. PAULO PRATA), JÚLIA LOPES MARTINS PEREIRA (FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARRETOS DR. PAULO PRATA), LORENA VIRGÍNIA FERREIRA PIRES (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BAR... Autores: introducao: os indices aterogenicos sao indicadores utilizados para quantificar o risco de desenvolvimento de aterosclerose e eventos cardiovasculares, refletindo o equilibrio entre as lipoproteinas com potencial aterogenico e aquelas consideradas protetoras.objetivos: avaliar a associacao do excesso de peso em diferentes indices aterogenicos e sua correlacao com o diagnostico de sindrome metabolica em adolescentes. metodologia: foram avaliados 165 pacientes entre 10 e 16 anos, com excesso de peso, atendidos em ambulatorio de endocrinologia pediatrica. o sobrepeso e a obesidade foram definidos pelo zimc, conforme idade e sexo. dados clinicos, antropometricos e laboratoriais foram extraidos dos prontuarios. foram calculados os seguintes escores de risco cardiovascular: indice de castelli 1 (ic1) e 2 (ic2), indice aterogenico do plasma (aip) e indice tyg. a estratificacao de risco cardiovascular foi definida como alto risco >3,5 para ic1, >2,2 para ic2, >0,21 para o aip e >7,91 para o indice tyg. sindrome metabolica (sm) foi definida pelos criterios da international diabetes federation como a presenca de obesidade abdominal (circunferencia abdominal 8805, p90) associada a dois ou mais dos seguintes fatores: triglicerideos elevados (8805,150mg/dl), hdl-colesterol (hdlc) reduzido (<40mg/dl), hipertensao arterial (pas 8805,130mmhg e/ou pad 8805,85mmhg) ou glicemia de jejum aumentada (8805,100mg/dl) ou diagnostico previo de dm2.resultados: a media de idade foi de 11,7 1,2 anos, sendo 56,4% do sexo feminino e 88,2% em puberdade. o zimc medio foi de 2,0 0,5, com 54,5% dos pacientes classificados como obesos e 45,5% com sobrepeso. treze pacientes (7,9%) foram diagnosticados com sm. uma proporcao significativa de adolescentes apresentava risco cardiovascular aumentado, conforme os seguintes parametros: 47% (n=72) para o ic1, 40,5% (n=62) para o ic2, 66,2% (n=106) para o indice tyg e 56,7% (n=88) para o aip. todos os indices avaliados, exceto o indice tyg, foram significativamente mais elevados no grupo com sm. as medias dos indices para o grupo sem sm e com sm, respectivamente, foram: ic1: 3,5 (0,8) vs. 4,2 (1,0), p=0,015, ic2: 2,1 (0,8) vs. 2,6 (1,0), p=0,045, e aip: 0,2 (0,2) vs. 0,4 (0,2), p=0,012. o indice tyg nao apresentou diferenca estatisticamente significativa entre os grupos (medias de 8,1 0,4 vs. 8,3 0,6, p=0,121). o zimc esteve diretamente correlacionado com os indices tyg (r=0,195, p=0,014) e aip (r=0,252, p=0,002). nao foi observada diferenca em relacao ao sexo, idade ou estagio puberal.conclusao: o excesso de peso em adolescentes esta diretamente ligado ao aumento dos indices aterogenicos, especialmente naqueles com sm. nossos achados reforcam que esses indices sao ferramentas valiosas para o rastreamento, permitindo a deteccao precoce do risco cardiovascular. AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DE OBESIDADE GRAVE EM ADOLESCENTES ENTRE 12 E 18 ANOS COM LIRAGLUTIDA CAROLINA FREITAS HERMSDORFF ( INSTITUTO ESTADUAL DE DIABETES E ENDOCRINOLOGIA LUIZ CAPRIGLIONE), ALÉXIA ALVES CABRAL ( INSTITUTO ESTADUAL DE DIABETES E ENDOCRINOLOGIA LUIZ CAPRIGLIONE), ISLA AGUIAR PAIVA ( INSTITUTO ESTADUAL DE DIABETES E ENDOCRINOLOGIA LUIZ CAPRIGLIONE), LUCIANA IGNACHITI FRANCISCO ( INSTITUTO ESTADUAL DE DIABETES E ENDOCRINOLOGIA LUIZ CAPRIGLIONE), JULIANA VEIGA MOREIRA ( INSTITUTO ESTADUAL DE DIABETES E ENDOCRINOLOGIA LUIZ CAPRIGLIONE), DANIELLE CHRISTIAN DE ARRUDA COSTA (... Autores: introducao: a obesidade infantil e multifatorial e associa-se a multiplas comorbidades, como dislipidemia, diabetes mellitus tipo 2, hipertensao arterial sistemica (has), doenca hepatica gordurosa nao alcoolica, apneia obstrutiva do sono. mudancas de estilo de vida sao a base terapeutica e farmacos, como a liraglutida, podem potencializar a perda ponderal por acao central no balanco energetico e por retardar o esvaziamento gastrico.objetivos: avaliar a variacao do escore-z do imc (zimc) de adolescentes (8805,12 e <18 anos) com obesidade grave (zimc 8805,3 dp) do inicio do uso de liraglutida ate a titulacao a dose maxima de 3 mg/dia.metodologia: trata-se de um estudo observacional retrospectivo, por analise de prontuarios, de um servico de endocrinologia pediatrica. incluiram-se 9 pacientes com zimc 8805,3 dp, todos previamente orientados em relacao a mudanca de estilo de vida, com estimulo a atividade fisica e avaliacao com nutricionista. as variaveis utilizadas foram sexo, idade, zimc no inicio da liraglutida e ao atingir 3 mg, presenca de has, acantose nigricans e esteatose hepatica e uso previo de medicamentos antiobesidade e psicotropicos. foram utilizadas estatistica descritiva para frequencias e medias com desvio padrao (dp) e comparacao pareada do zimc nos dois momentos do tratamento pelo teste de wilcoxon bicaudal.resultados: a analise mostrou 55% pacientes do sexo feminino e 45%, masculino e apresentou idade media de 16,3 anos (dp 0,8). houve queda do zimc em 77,7% dos participantes, sendo que os 22,3% sem perda ponderal apresentaram dificuldade sociais que interferiram na adesao ao tratamento nao farmacologico concomitante. a media do zimc foi 3,71 (dp 0,56) no inicio do uso da liraglutida e 3,57 (dp 0,59) ao atingir dose maxima de 3 mg, indicando reducao estatisticamente significativa (p=0,039). dentre as comorbidades ao inicio do tratamento, observou-se acantose nigricans em 100% dos pacientes, has em 33,3% e esteatose hepatica em 55,6%, avaliada em ultrassonografia de abdome. quanto aos farmacos previamente utilizados, houve predominio de metformina (100%), alem de orlistate (44,4%), fluoxetina (33,3%), sibutramina (22,2%) e sertralina (11,1%). em relacao aos efeitos adversos, nao foram observados na amostra estudada. ainda nao foi possivel avaliar o efeito no zimc e nas comorbidades apos o uso na dose de 3 mg, visto que o estudo encontra-se em andamento.conclusao: apesar do tamanho amostral reduzido, do desenho retrospectivo e da ausencia de seguimento prolongado ate o momento, a titulacao de liraglutida ate 3 mg associou-se a reducao significativa do zimc no curto prazo, mesmo em cenario de comorbidades relevantes e uso previo de terapias farmacologicas com resposta insuficiente. esses achados reforcam o papel da liraglutida como terapia adjuvante as intervencoes de estilo de vida para perda ponderal em obesidade grave na adolescencia. RESPOSTA AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM ADOLESCENTES COM OBESIDADE GABRIELA ADAMI (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO), ALICE VERVLOET DA LUZ (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO), MARCELA SLAVIERO PINHEIRO CERDEIRA (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO), CRISTIANE KOCHI (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO) Autores: introducao: a obesidade e doenca cronica, complexa e recidivante. o tratamento convencional, reeducacao alimentar e orientacao de atividade fisica, tem sucesso em menos de 15% dos casos graves. em 2023, a academia americana de pediatria sugeriu o tratamento farmacologico para adolescentes sem resposta ao tratamento convencional.objetivos: avaliar o impacto do tratamento medicamentoso com sibutramina, nas medidas antropometricas de adolescentes com obesidade. metodologia: estudo retrospectivo, onde foram avaliados os prontuarios de 23 pacientes, entre 10,3 e 17,4 anos de idade, de um servico terciario, com obesidade, que receberam sibutramina por pelo menos 3 meses. destes, 9 adolescentes eram do sexo masculino, e 14 do sexo feminino. excluiram-se adolescentes em uso de outras medicacoes com interferencia no peso, portadores de cardiopatias ou hipertensao arterial descompensada, portadores de sindromes geneticas ou outras patologias que interferem no ganho de peso, e aqueles que interromperam uso por vontade propria ou falha de adesao. as variaveis analisadas foram: peso, estatura, imc (expressos em escore z, oms, 2007), pressao arterial (pa), circunferencia abdominal (ca) e sua relacao com estatura (ca/est) e estadiamento puberal. a dose prescrita de sibutramina foi de 10 ou 15mg/dia. a analise estatistica foi realizada pelo programa sigmastat 3.5, sendo utilizado teste t pareado para avaliar 2 momentos diferentes do mesmo paciente e considerou-se estatisticamente significante p < 0,05 com os intervalos de confianca de 95%. resultados: as variaveis foram avaliadas apos 3 meses de uso da medicacao em 18 pacientes, e apos 6 meses, em 11 pacientes. no total, 10 pacientes foram excluidos do estudo: 7 por falta de adesao, e 3 por apresentarem efeitos colaterais, como hipertensao arterial (n=1), nausea e vomitos (n=1) e ansiedade (n=1). no inicio do tratamento os pacientes apresentavam media de 13,2 anos de idade, e estavam, em media, em estadiamento puberal tanner 3. a media (dp) do zimc foi 3,1 (0,58) antes do inicio da medicacao, 2,94 (0,87) aos 3 meses (p< 0,036), e 2,92 (0,765) apos 6 meses (p 0,846), sugerindo perda de peso inicial e posterior estabilizacao do peso. a media (dp) de ca/est inicial foi de 0,68 (0,106) , com reducao para 0,667 (0,106) aos 3 meses (p=0,032), e 0,674 (0,06), apos 6 meses de tratamento (p =0,66). nao houve relacao entre a dose utilizada de sibutramina e a variacao no zimc apos 3 meses.conclusao: esse grupo de adolescentes puberes com obesidade grave, apresentou discreta reducao do zimc apos 3 meses de tratamento, com posterior estabilizacao. esta associou-se tambem a discreta reducao da ca/est no periodo, sugerindo que a sibutramina tem efeito modesto na perda de peso, em comparacao aos dados de literatura de uso de analogos do glp1 (glucagon-like peptide-1), independentemente da dose utilizada. houve pouca frequencia de efeitos adversos com a sibutramina em curto periodo de tratamento. AVALIAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO EM UMA PACIENTE COM DIABETES RELACIONADO À FIBROSE CÍSTICA EM USO DE TRIKAFTA - UM RELATO DE CASO THAINÁ ALTAREJO MARIN (UNICAMP), FLÁVIA FAGANELLO COLOMBO (UNICAMP), MARIANA NEUENSCHWANDER MENDONÇA (UNICAMP), BÁRBARA CRISTINA ROPOLI BERNARDINO ARGOLLO (UNICAMP), LAURA COIMBRA TEIXEIRA (UNICAMP), JOSÉ DIRCEU RIBEIRO (UNICAMP), ANTÔNIO FERNANDO RIBEIRO (UNICAMP), ALINE CRISTINA GONÇALVES (UNICAMP), SOFIA HELENA VALENTE DE LEMOS-MARINI (UNICAMP), GIL GUERRA-JUNIOR (UNICAMP), DANIELA SOUZA PAIVA BORGLI (UNICAMP), MARIANA ZORRON (UNICAMP) Autores: introducao: o diabetes relacionado a fibrose cistica (drfc) representa a principal comorbidade endocrino-metabolica em pacientes com fibrose cistica (fc), com prevalencia crescente a partir da adolescencia. apresenta deficiencia insulinica progressiva, geralmente sem cetose, e com hiperglicemias pos-prandiais predominantes. o rastreamento anual recomendado a partir dos 10 anos de idade.objetivos: descricao do caso: paciente beql, do sexo feminino, 16 anos, em acompanhamento em servico terciario devido ao diagnostico de fibrose cistica (fc), confirmado em 2016 por meio de teste do suor positivo (cloro 134,03). realizado sequenciamento molecular, sendo compativel com genotipo f508del em homozigose. em 2019 e 2021, a paciente apresentou triagem positiva para o teste oral de tolerancia a glicose (totg), com valores superiores a 200 mg/dl na segunda hora, o que levou a confirmacao do diagnostico de diabetes relacionado a fibrose cistica (drfc). iniciou-se a insulinoterapia em junho de 2021 (0,05 ui/kg/dia). em julho de 2023, foi introduzido trikafta. inicialmente, a hemoglobina glicada da paciente era de 5,6%. apos dois anos de terapeutica com trikafta, a insulina foi suspensa devido ao bom controle glicemico, episodios de hipoglicemia. nesse periodo, a hemoglobina glicada foi de 5,4%, e havia dosagem de peptideo c de 4,7 ng/ml. apos um ano, a paciente apresentou novamente picos glicemicos pos-prandiais, detectados no sensor para monitoramento continuo de glicose, e a hemoglobina glicada aumentou para 6,3%, o que levou ao retorno da insulinoterapia, com a introducao de 0,5 ui nas refeicoes, alem de orientacao gerais para melhora dietetica, e manutencao do controle glicemico utilizando sensor continuo de glicose.metodologia: resultados: conclusao: discussao / conclusao: o trikafta revolucionou o tratamento da fibrose cistica, proporcionando melhora significativa na funcao pulmonar (vef1), reducao nas exacerbacoes, melhora do estado nutricional e do peso corporal. alguns estudos sugerem que a restauracao parcial da funcao do cftr pode melhorar a funcao das celulas beta pancreaticas, especialmente em pacientes mais jovens com reserva funcional, reduzindo o risco de progressao da doenca. alem disso, a reducao da inflacao pode melhorar a sensibilidade a insulina. entretanto, o ganho de peso promovido pelo trikafta pode levar a maior resistencia insulinica, aumentando o risco de desenvolver cfrd em pacientes predispostos. em pacientes com cfrd ja diagnosticada, o trikafta raramente elimina a necessidade de insulina. a maioria dos estudos tem menos de 5 anos de acompanhamento, e os efeitos de longo prazo do trikafta sobre a funcao pancreatica sao incertos. nesse caso, vemos a progressao da doenca pancreatica a despeito do tratamento e da melhora da funcao pulmonar. DISPENSAÇÃO DE ANÁLOGOS DO GNRH PARA PUBERDADE PRECOCE CENTRAL NO BRASIL: ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E DE SEXO A PARTIR DOS DADOS DO DATA-SUS GIL GUERRA-JUNIOR (ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA - FCM - HC - UNICAMP), ISABELA TORGA MAZZEI (ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.), RODRIGO TORRES SCABELLO (ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.), GABRIEL BECKER DE GOES (ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.), RENATA ARAÚJO CAVALCANTE (ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.), LAURA COIMBRA TEIXEIRA (ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA - FCM - HC - UNICAMP), MARIANA ZORRON (ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA - FCM - HC - UNICAMP), BEATRIZ AMSTALDEN BARROS (ENDOCRINOL... Autores: introducao: a puberdade precoce central (ppc) e uma condicao endocrinologica de grande relevancia, com uma prevalencia epidemiologica marcadamente superior nas meninas (f) em relacao aos meninos (m) (10 a 20:1). o tratamento padrao-ouro e realizado com analogos do hormonio liberador de gonadotrofina (agnrh). no brasil, apesar do acesso via sistema unico de saude (sus), existem poucos dados de mundo real que analisem a magnitude e o perfil de distribuicao do tratamento em nivel nacional. objetivos: descrever o perfil de dispensacao de agnrh para ppc no brasil via sus, com foco na quantificacao da disparidade entre os sexos e na analise comparativa da distribuicao entre os estados de maior e menor volume de tratamento, o que pode contribuir para uma possivel correlacao com a prevalencia da doenca. metodologia: foi realizada uma analise de dados de dispensacao via data-sus de agnrh em todos os 26 estados e no distrito federal em 2024. os pacientes foram estratificados por sexo e estado. foram calculados os totais de pacientes e a proporcao agregada de f e m para cada grupo. resultados: a analise dos dados revelou tres achados principais: (1) disparidade nacional de sexo: em um total de 45.657 pacientes, a proporcao nacional foi de 18,9 f para cada 1 m em tratamento, (2) variacao da disparidade entre os estados: a proporcao f/m variou significativamente entre os estados, com o rio de janeiro apresentando a menor taxa de predominancia feminina (9,5:1) e sergipe a maior (45,1:1), e (3) prevalencia minima de tratamento (em relacao ao numero estimado de criancas abaixo de 12 anos pelo censo do ibge de 2022): 45,8 meninas por 100.000 e 2,3 meninos por 100.000. a bahia registrou a menor prevalencia (9,3 f e 0,3 m/100.000), enquanto o parana apresentou a maior (86,8 f e 5,0 m/100.000). conclusao: a dispensacao de agnrh para ppc no brasil confirma a expressiva disparidade de sexo esperada, porem com variacoes entre os estados. os dados de prevalencia minima de tratamento, quando comparados a estudos de base populacional, sugerem que as taxas de diagnostico e tratamento no brasil podem ser superiores as relatadas em outras coortes internacionais, um achado que merece confirmacao e investigacao futura. DISFUNÇÕES TIREOIDIANAS E SEU IMPACTO NO PERFIL LIPÍDICO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN: EVIDÊNCIAS DE RISCO METABÓLICO PRECOCE NATÁLIA TONON DOMINGUES DA CRUZ (FMB-UNESP), GIL KRUPPA VIEIRA (FMB-UNESP), ISABELLA SANTARÉM TONON (FACULDADE DE MEDICINA BARRETOS), INGRID DA SILVA SANTOS (FMB-UNESP), PAULO ROBERTO GONÇALVES NORONHA (FMB-UNESP), LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO (FMB-UNESP), CÁTIA REGINA BRANCO DA FONSECA (FMB-UNESP), CÉLIA REGINA NOGUEIRA (FMB-UNESP) Autores: introducao: a sindrome de down (sd) e a condicao cromossomica mais prevalente na pediatria. alteracoes morfologicas e metabolicas intrinsecas a sd predispoem a disfuncoes endocrinas, com destaque para as disfuncoes tireoidianas, que podem agravar disturbios do perfil lipidico. evidencias indicam maior risco de hipotireoidismo nesta populacao, alem de dislipidemias caracterizadas pelo aumento dos triglicerideos (tg) e reducao do colesterol de lipoproteina de alta densidade (hdl). a associacao dessas alteracoes eleva o risco cardiovascular precoce, impacta a qualidade de vida e aumenta a morbimortalidade,8308,. objetivos: avaliar o estado nutricional e investigar a relacao entre disfuncoes tireoidianas e alteracoes no perfil lipidico em criancas e adolescentes com sd acompanhados em ambulatorio especializado. metodologia: estudo clinico, observacional e transversal, aprovado pelo comite de etica. incluiram-se 53 individuos com sd, >3 anos, submetidos a coleta sanguinea para analise do perfil lipidico (colesterol total, hdl, ldl e tg) e tireoidiano (tsh e t4 livre). o estado nutricional foi avaliado por curvas especificas para sd (cdc). disfuncoes tireoidianas foram classificadas segundo criterios laboratoriais. aplicaram-se testes do qui-quadrado e exato de fisher (p<0,05), no sas v.9.4. resultados: dos 53 participantes, 39 eram criancas (<10 anos) e 14 adolescentes (8805,10 anos), maioria do sexo feminino (54,7%) e eutroficos (77,3%). disfuncoes tireoidianas ocorreram em 13,21%, predominando o hipotireoidismo subclinico (9,43%). entre eles, 85,7% eram eutroficos e 14,29% apresentaram dislipidemia global. nao houve correlacao significativa entre disfuncoes tireoidianas e ldl. contudo, hdl reduzido foi encontrado em 28,57% e tg elevados em 48,86%. conclusao: : embora a frequencia de disfuncoes tireoidianas tenha sido baixa, os achados reforcam a necessidade de monitoramento regular do perfil tireoidiano e lipidico em criancas e adolescentes com sd, independentemente do estado nutricional. a concomitancia dessas alteracoes pode potencializar o risco cardiovascular ao longo da vida. o acompanhamento ambulatorial especializado mostrou papel preventivo relevante, favorecendo deteccao precoce e intervencoes oportunas nesta populacao vulneravel. HIPERTIREOIDISMO PEDIÁTRICO: PERFIL CLÍNICO, LABORATORIAL E TERAPÊUTICO EM 15 ANOS DE SEGUIMENTO DÂNAE BRAGA DIAMANTE LEIDERMAN (ICR-HCFMUSP), FLÁVIA MATTKE SANTOS FERREIRA (ICR-HCFMUSP), LUCAS YUKIO OTSUBO HAYASIDA (ICR-HCFMUSP), FELIPE EDUARDO CORREIA ALVES DA SILVA (ICR-HCFMUSP), ANA PAULA POSSAR DO CARMO (ICR-HCFMUSP), ANA LUÍSA LISBÔA PRADO (ICR-HCFMUSP), ALINE PEREIRA FOLETTO (ICR-HCFMUSP), VÍTOR GABRIEL SALDANHA FERNANDES (UFRN), FELIPE MAATALANI BENINI (ICR-HCFMUSP), PEDRO HENRIQUE NUNES LEITE (ICR-HCFMUSP), CAROLINE DE GOUVEIA BUFF PASSONE (ICR-HCFMUSP), ROBERTA DE OLI... Autores: introducao: o hipertireoidismo na pediatria e raro, mas representa cerca de 15% dos disturbios tireoidianos. a principal causa e a doenca de graves, autoimune, com incidencia de 0,9 a 3/100.000 criancas, predominando entre 10 e 15 anos. os sintomas mais comuns sao perda de peso, taquicardia, irritabilidade e alteracoes oculares. o diagnostico precoce e essencial, pois pode causar complicacoes cardiovasculares e osseas, e piora da qualidade de vida.objetivos: caracterizacao clinica e laboratorial dos pacientes com diagnostico de hipertireoidismo do ambulatorio de endocrinologia pediatricametodologia: foi conduzida uma analise descritiva retrospectiva a partir de dados de pacientes pediatricos coletadas em prontuarios eletronicos com diagnostico confirmado de hipertireoidismo do periodo de 2010 a 2025. as variaveis foram organizadas em banco de dados padronizado, sendo os resultados apresentados em frequencias absolutas, percentuais e medidas de tendencia central (media e mediana), acompanhadas de dispersao (desvio-padrao), quando aplicavel.resultados: foram incluidos 64 pacientes, com predominio feminino (razao 3,5:1), refletindo a maior frequencia de doencas autoimunes nessa populacao. apenas 7 (10%) apresentavam formas “nao graves”. a idade media de inicio dos sintomas variou entre 8 e 10 anos, com diagnostico apos um a dois anos. as manifestacoes clinicas mais comuns foram bocio (15 casos), perda de peso (12), taquicardia (11) e agitacao (6). queixas de exoftalmia ocorreram em 5 pacientes, mas a orbitopatia tireoidiana foi confirmada em 51% da amostra. laboratorialmente, observou-se aumento significativo de t3 e t4 livre, sobretudo no grupo graves (medias de 461 ng/dl e 4 ng/dl) em relacao ao grupo nao graves (183 ng/dl e 2,3 ng/dl), com supressao de tsh. anticorpos antirreceptor de tsh foram detectados na maioria dos pacientes, e anti-tpo/anti-tireoglobulina em 67%, reforcando o carater autoimune. quanto ao tratamento, os antitireoidianos foram a estrategia inicial, mas 35 (54,6%) necessitaram terapia definitiva: 18 com cirurgia, 15 com iodoterapia e 2 com ambos. entre os submetidos a cirurgia, apenas 2 (10%) evoluiram com hipoparatireoidismo.conclusao: o estudo mostra que, embora incomum, o hipertireoidismo pediatrico tem impacto importante no crescimento e no desenvolvimento, exigindo diagnostico precoce e manejo individualizado. a doenca de graves foi a principal causa, com manifestacoes clinicas, destacando-se o bocio, a perda ponderal, a taquicardia e a presenca significativa de orbitopatia tireoidiana, e laboratoriais tipicas, com alta taxa de positividade de autoanticorpos. a necessidade frequente de tratamento definitivo em mais da metade dos pacientes e a baixa taxa de complicacoes, em comparacao com os dados da literatura, reforcam a eficacia e seguranca dessas abordagens. ressalta-se, portanto, a importancia do acompanhamento multidisciplinar e continuo para reduzir complicacoes, otimizar o prognostico e garantir melhor qualidade de vida a criancas e adolescentes afetados. « 2891 2892 2893 2894 2895 »